Império do sal
Os chineses foram os primeiros a encarar a produção de sal como um negócio de grandes proporções. Desde o século IX a.C., eles obtinham cristais de sal fervendo a água do mar em vasilhas de barro.
Essa técnica se espalharia pelo mundo ocidental e, um milênio depois, o Império Romano, ainda seria a mais disseminada. Quando o mar estava longe, o jeito era cavar a terra em busca do sal. Foi o que fizeram os celtas, os inventores da mineração de sal-gema (NaCl). Segundo os registros arqueológicos, procuravam o sal sob o solo já em 1300 a.C.
O sal logo virou alvo de cobiça dos governantes, que passaram a tributar seu comércio comércio e produção e a arrecadar grandes somas de dinheiro com isso.
Em várias civilizações, a extração de sal era monopólio estatal.
Da mesma forma que deveria estar disponível para o cidadão comum, o sal era imprescindível para os legionários romanos, que conquistavam e mantinham o gigantesco império. Tanto que os soldados chegavam a ser pagos em sal, de onde vêm as palavras “salário”, “soldo” (pagamento em sal) e “soldado” (aquele que recebeu o pagamento em sal).