Castração química
Diferente da castração cirúrgica, na castração química não há remoção de testículos. Logo, não é uma forma de esterilização, o homem continua fértil, porém passa a ter dificuldade para ter e manter as ereções, devido às oscilações na dosagem dos hormônios. Dessa forma, há considerável redução daquele estímulo que conduz a pessoa a buscar situações eróticas.
Os nomes dos medicamentos usados variam, sendo drogas injetáveis ou orais, que os pacientes precisam tomar diariamente, mensalmente, etc. Logo, é um procedimento temporário, pois sua indução permanente só é possível com a codependência de medicamentos usados para reduzir a libido, a atividade sexual ou para tratar cânceres hormônio-dependentes.
Por exemplo, a indicação de castração química mais comum é para homens que têm câncer avançado de próstata ou que fazem a cirurgia de remoção do câncer, mas precisam de terapia complementar. Com isso, há uma diminuição da chance de progressão do tumor.
Em alguns países como Indonésia, Rússia e Polônia, a castração química é uma medida preventiva ou de punição àqueles que tenham cometido crimes sexuais violentos. Geralmente é oferecida de forma voluntária em troca de uma redução na pena.
No século passado, a castração química chegou a ser usada como medida corretiva na Inglaterra, quando milhares de homossexuais da época, incluindo o famoso cientista Alan Turing, foram forçados pelo governo a passar pelo procedimento, como forma de corrigir sua homossexualidade. Para Turing, a consequência foi a depressão, que culminou em um suicídio. Décadas depois, o governo inglês reconheceu o erro.